O Índice de Confiança do Comércio fechou o segundo trimestre de 2014 em queda de 6,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado, ao registrar a maior baixa na relação anual desde dezembro de 2011 – quando a taxa havia caído 6,8%. É a quarta tendência de queda consecutiva apresentada pelo indicador. Os dados foram divulgados hoje (27), pela Fundação Getulio Vargas (FGV), e indicam que, nos meses anteriores, as variações interanuais trimestrais foram -3,1%, em abril, e -4,4%, em maio.
Segundo a FGV, a diminuição da confiança foi influenciada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses – com a taxa interanual trimestral do Índice de Expectativas passando de -2,6%, em maio, para -6%, em junho.
A FGV ressalta, porém, uma “relativa melhora” na margem, com o Índice da Situação Atual, que continua apresentando níveis médios inferiores aos do ano passado. As taxas de variação passaram de -7,2% para -7,1%, nos mesmos períodos e bases de comparação.
Para a fundação, “o resultado geral da pesquisa confirma a tendência de desaceleração do nível de atividade do setor no segundo trimestre de 2014, e a diminuição do otimismo do empresariado em relação à possibilidade de recuperação no horizonte de abrangência da pesquisa [entre três e seis meses]”. Os números refletem a evolução desfavorável, de maio para junho, de todos os cinco níveis de agregação pesquisados.
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O Índice da Situação Atual retrata a percepção do setor em relação à demanda no momento. Na média do trimestre terminado em junho, 13,5% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 25,4%, como fraca. No mesmo período de 2013, esses percentuais haviam sido de 16,0% e 21,1%, respectivamente.
De maio para junho, considerando-se a comparação interanual trimestral, o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para a piora do Índice de Expectativas, ao passar de -4,0% para -7,2%. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes passou de -1,2% para -4,7%, no mesmo período.
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