O anúncio da indicação de Garibaldi Alves (PMDB-RN) como candidato do PMDB à presidência do Senado foi bem recebido pelos demais partidos. O líder do DEM na Casa, José Agripino (RN), disse que defenderá o consenso em torno da candidatura de seu conterrâneo tanto em sua bancada como no PSDB.
"Respeitarei a vontade do PSDB, mas vou trabalhar pelo consenso. Por mim, nem precisaria de votação, Garibaldi seria eleito por aclamação", afirmou o líder do DEM.
Os tucanos farão almoço agora, às 13h, para discutir a estratégia do partido tanto quanto à sucessão como quanto à votação da prorrogação da CPMF.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), no entanto, já avisou que o apoio do partido em torno do candidato peemedebista não será de graça. "Vamos fazer uma proposta para melhorar a imagem da Casa e apresentar para Garibaldi. Só depois poderemos decidir se o partido vai apoiá-lo", garantiu ela.
Para o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), Garibaldi não terá dificuldades em conquistar o apoio dos senadores. "Ele tem boa articulaçao com a oposição. Não acredito que eles lançarão outro candidato", disse o senador alagoano ao Congresso em Foco.
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O nome de Garibaldi pode até não ser unânime ainda, mas o discurso dos parlamentares sobre o que o novo presidente da Casa deve priorizar tem sido igual em todos os partidos: "Temos que melhorar a imagem do Senado".
O próprio candidato peemedebista já avisou que tão logo eleito irá se reunir com os líderes para buscar alternativas de como fazer a Casa "funcionar melhor".
"Acho que Garibaldi pode unificar o Senado. E essa é uma das prioridades que o novo presidente deve ter: melhorar o ambiente interno", defendeu o líder do PSB, Renato Casagrande (ES).
Para Casagrande, o presidente que for eleito terá de elaborar uma pauta em conjunto com os líderes para que o cenário de crises seja abandonado em 2008. "Tem muitas matérias que já foram aprovadas nas comissões, como as mudanças no regimento interno, a regulamentação da emenda da saúde e os precatórios", exemplificou o senador.
A eleição do novo presidente do Senado foi marcada para amanhã (12), às 12h. A votação será secreta e, em seguida, o plenário deverá deliberar sobre a CPMF. (Soraia Costa)