Mário Coelho
O Ministério da Educação vai gastar R$ 31,9 milhões para imprimir as novas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Após o vazamento dos testes, no início deste mês, o governo foi obrigado a remarcar o Enem e contratar uma nova gráfica para a impressão da avaliação dos estudantes.
O novo contrato foi publicado na edição de ontem (14) do Diário Oficial da União (DOU). Segundo a Agência Brasil, a gráfica RR Donnelley Moore ficará responsável pela execução de serviços de “impressão gráfica, manuseio, embalagem, rotulagem” e entrega dos cadernos de prova e instrumentos de aplicação aos Correios, que fará a distribuição do material.
A aplicação e correção do Enem caberá ao Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da Univerdade de Brasília, e à Fundação Cesgranrio. As duas empresas contarão com a parceria da Polícia Federal. O valor do contrato emergencial entre o Ministério da Educação e as duas instituições ainda não foi divulgado.
Ontem, durante audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abriu sindicância para apurar a responsabilidade civil pelo vazamento da prova do Enem, remarcado para os dias 5 e 6 de dezembro deste ano.
Haddad disse que a sindicância será feita por servidores do Inep para descobrir se houve alteração no plano logístico de impressão e manuseio das provas. De acordo com o contrato de licitação com a Connassel (consórcio de empresas que se encarregava da impressão, manuseio e distribuição das provas), a impressão deveria ocorrer em São Paulo e o manuseio, no Rio de Janeiro.
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