Em depoimento na CPI do Cachoeira nesta terça-feira (28), Pagot afirmou que a ministra o procurou para que indicasse empresas que pudessem apoiar a sua candidatura, mas ele se recusou a ajudá-la. Na época, Ideli era senadora. “Ela disse: sou candidata e preciso que me indique empresas para buscar recursos. Ela não me pediu para fazer arrecadação. Então eu disse para ela: eu não posso, não devo e não vou fazer isso. […] Com certeza ela ficou injuriada naquele momento”, afirmou o ex-diretor do Dnit.
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Pagot disse também que foi procurado pelo então tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff, o hoje deputado José de Filippi Júnior (PT-SP), para buscar empresas com contrato com o Dnit que pudessem ajudar na campanha presidencial. O ex-diretor do Dnit relatou que mostrou a Filippi uma lista de 369 empresas que tinham contrato com o órgão na época. O tesoureiro pediu, então, que Pagot escolhece de 30 a 40 empresas para que contribuíssem com a campanha presidencial. “Não se preocupe com as maiores, que isso é assunto do comando da campanha, mas se você puder procurar umas 30, 40, peça para fazer doação na conta de campanha”, relatou Pagot sobre o que ouviu de Filippi. O ex-diretor do Dnit garantiu que todos os repasses foram feitos de forma legal.
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