Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo, o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, admite que o "Estado brasileiro é o responsável pela investigação de acidentes que acontecem em solo nacional", mas diz que ainda não é possível garantir que a tragédia tenha acontecido devido à falta de grooving [ranhuras que auxiliam o escoamento da água da chuva] na pista.
O brigadeiro disse que não houve erro na homologação do avião da TAM, pois as ranhuras na pista são apenas um meio "adicional" de segurança. E que até segunda ou terça-feira o Cenipa poderá ter uma idéia mais bem definida sobre as causas do acidente, após a "análise dos gráficos das caixas-pretas".
De acordo com Jorge Kersul Filho, todas as pessoas e empresas que podem estar ligados, direta ou indiretamente, ao acidente estão sendo ouvidas, além da situação com o avião da TAM estar sendo comparada com "outros acidentes semelhantes".
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O brigadeiro também contou que o Cenipa fez uma reunião no dia 28 de dezembro do ano passado para discutir a situação de Congonhas. "Na reunião comentamos que se não fossem tomadas providências cedo ou tarde aconteceria um acidente em Congonhas". De acordo com o chefe do Cenipa, foi justamente nessa reunião que os oficiais discutiram a reforma da pista do aeroporto. (Soraia Costa)