O deputado Pedro Henry (PP-MT) desqualificou as acusações que motivaram a abertura do seu processo de cassação no Conselho de Ética. Hoje, após quase duas horas de depoimento ao conselho, ele pediu o arquivamento do caso e disse que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que revelou o mensalão, se contradisse várias vezes quando apresentava novas acusações.
Henry foi o primeiro, dos 11 parlamentares com processo aberto no Conselho a pedido das CPIs dos Correios e do Mensalão, a prestar depoimento. Ele dispensou a apresentação de testemunhas de defesa e desqualificou todo o processo, afirmando que não há um único cheque, depósito ou “qualquer outro tipo de prova” que coloque em dúvida sua inocência.
“É muito simples fazer acusações e não ter a responsabilidade de apresentar provas”, afirmou o ex-líder do PP. Conforme as denúncias de Jefferson, Henry seria o responsável por distribuir os recursos do mensalão entre os integrantes da bancada progressista.
Roberto Jefferson também acusou Henry pressionar o líder da bancada do PTB na Câmara, deputado José Múcio Monteiro, a vender os votos do partido em troca do mensalão. “Esta denúncia foi negada pelo próprio José Múcio”, disse o progressista.
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“Ninguém me relacionou como beneficiário de remessas ou provou envolvimento de qualquer pessoa da minha relação em qualquer lista divulgada pela imprensa. Nem eu, nem ninguém do meu conhecimento foi beneficiário dos recursos do caixa dois. Não há fax, nem visitas de ninguém a instituições bancárias suspeitas”, declarou aos membros do Conselho.