“Nós últimos dias, tivemos uma sessão recorde: foram mais de 40 horas – fato inédito nesta Casa – de debates, de discussão, de votação, de tolerância, de respeito, de democracia”, declarou. “Eu participei da Assembleia Nacional Constituinte e não vi nada igual”, completou o peemedebista, que está em seu 11º mandato consecutivo. Durante as discussões da medida provisória, houve troca de acusações entre líderes partidários e até invasão da Mesa Diretora por deputado.
Leia também
Elogios
Henrique evitou comentar o pouco prazo que o Senado terá para analisar a medida provisória, que vence hoje caso não seja aprovada pelos senadores. Preferiu cobrir de elogios os deputados, tanto os da oposição quanto os da base aliada.
“Eu quero reconhecer aqui a valentia, o aspecto lutador que nos deu muito trabalho da oposição, que de maneira correta, ética fez o seu papel. E quero dizer que a base do governo, de maneira muito lúcida e competente fez o seu papel. Hoje não há vencedores nem vencidos”, afirmou. “É este Parlamento que eu quero todos os dias. É este Parlamento que eu sei que o povo quer e do qual deve se orgulhar”, acrescentou.
Críticas
PublicidadeApesar da aprovação da medida provisória, Henrique foi alvo de críticas de deputados, sobretudo, petistas, pela maneira com que conduziu a votação. A reclamação teve origem na interpretação do regimento interno da Casa que resultou no cancelamento de uma sessão.
Ao abrir a sessão para começar a discutir a proposta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reclamou do pouco tempo imposto pela Câmara para os senadores votarem a medida provisória. Ou seja, apenas algumas horas. Segundo Renan, esta é a última vez que o Senado votará uma MP em prazo tão exíguo. “Isso constrange e deturpa o processo legislativo. Precisa acabar”, reclamou Renan.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação da MP dos Portos no Senado. Para Agripino, o Senado está sendo tolhido em seu papel de Casa revisora devido ao curto prazo para votar a medida provisória.