O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, mostrou durante a reunião da CPI dos Cartões Corporativos o resultado das investigações feitas pelo órgão com relação às denúncias contra a ex-ministra da Promoção e Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o ministro da Pesca, Altemir Gregolin.
Segundo Hage, do total de despesas realizadas por Matilde, a CGU determinou que ela devolvesse R$ 2.919, considerados irregulares. Outros R$ 19.485, que se referem a horas-extras de locação de veículos, terão que ser justificados pela ex-ministra em 30 dias, sob pena de ter que reembolsar o valor.
A CGU conclui com relação ao ministro da Pesca que havia duas despesas não justificadas. Uma delas, de R$ 512,60, se referia ao pagamento em uma churrascaria de Brasília de uma refeição para uma delegação estrangeira vinda da China. A outra, de R$ 36, foi gasta em um restaurante, mas a nota fiscal era referente ao almoço para duas pessoas.
Jorge Hage afirmou que não há uma legislação clara sobre o assunto e que, apesar de considerar correto que um ministro recepcione uma delegação estrangeira, não poderia aceitar estes gastos. Segundo o ministro, Altemir Gregolin devolveu os dois valores.
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Em relação às denúncias contra o ministro Orlando Silva, Jorge Hage disse que as investigações ainda estão sendo feitas. Ele destacou que das 57 denúncias de gastos irregulares veiculadas nos jornais, 4% das despesas comprovadamente não eram justificáveis, 26% ainda estão em fase de investigação e 75% foram sanadas ou justificadas. (Soraia Costa)
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