Um grupo de parlamentares de diversos partidos políticos lançou há pouco, no Salão Verde da Câmara, o movimento “Fora Renan e os 46 Calheiros”. Eles pretendem se reunir todas as quartas-feiras, “dia nobre” na Casa por contar com a maior movimentação de parlamentares durante a semana, para protestar semanalmente contra a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Congresso.
Integrantes do movimento, que abriga 52 deputados e 16 senadores, afirmam que não vão permitir que Renan presida qualquer sessão do Congresso Nacional.
De acordo com o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), um dos organizadores do movimento, a intenção é “resgatar a função do Legislativo” e “promover este debate na sociedade”.
Os parlamentares apresentaram aos jornalistas um pergaminho com centenas de mensagens de brasileiros de todas as regiões do país que pediam o afastamento de Renan.
Ontem, o grupo se reuniu em jantar para prestar solidariedade aos senadores peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon, que foram substituídos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada; e aos senadores goainos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB). Renan é apontado com o mentor da substituição dos peemedebistas e da tentativa de espionagem dos goianos.
”Numa situação dessas que estamos vivendo, Senado e Câmara são a mesma coisa. Todos nós, parlamentares, pertencemos ao Congresso Nacional. É assim que o povo brasileiro, a quem representamos, nos vê, nos critica e nos cobra. Não podemos fugir nem escapar deste compromisso”, registra um abaixo-assinado apresentado. (Rodolfo Torres)
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