O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso aos autos do inquérito da Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF), em que foram presos o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas. Ele é suspeito de ser contratado pelo Grupo Opportunity, de Dantas, como um lobbista para viabilizar no governo a compra da Brasil Telecom pela Oi.
Segundo informações do STF, o pedido de acesso ao inquérito é extensão da decisão do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, que permitiu ao senador Heráclito Fortes (DEM-PI) ter acesso às investigações, que correm em segredo de Justiça.
O advogado de Greenhalgh alega que já solicitou acesso aos autos por duas vezes na 6° Vara Federal Criminal de São Paulo, onde tramita o processo, mas até o momento não obteve resposta.
Comunicado do STF informa que o ex-deputado alega: “Embora se diga serem sigilosos [os dados das investigações], a imprensa continua diuturnamente divulgando trechos de suas peças, com referências ao nome do peticionário [Greenhalgh], sem que este seja dado conhecer o inteiro teor de tudo quanto exista registrado a seu respeito”.
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Além de ser indicado como lobista, Greenhalgh aparece nas páginas no inquérito da PF como a pessoa que contatou o chefe de gabinete pessoal do presidente Lula, Gilberto Carvalho, para pedir que fossem levantadas informações a respeito de uma possível investigação de Dantas pela PF. O chefe de gabinete negou qualquer envolvimento (leia mais).
Ainda nos grampos da PF, como mostrou o Congresso em Foco, Greenhalgh cita o nome do engenheiro milionário Manfred Von Richtofen, assassinado pela filha em 2002, como responsável por arrecadar fundos desviados de contratos com a empresa francesa Alstom. Nas escutas, o ex-deputado conversava com um homem não identificado, que colocava em dúvida a candidatura de Alckmin à prefeitura de São Paulo por conta das relações com Richthofen. (Renata Camargo)
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