O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cogitou nesta terça-feira (26) que os grampos encontrados em telefones de ministros da corte podem ter sido retirados antes da inspeção da Polícia Federal. O Instituto Nacional de Criminalística realizou perícia nas linhas e não encontrou grampos. O laudo conclusivo será entregue amanhã para o delegado Manuel Baduíno, responsável pelo caso.
Para Marco Aurélio, entre o dia em que a suspeita foi divulgada, há duas semanas, e a perícia feita pelo instituto, houve tempo suficiente para a retirada dos grampos. "Eu soube que não encontraram nada, mas isso já era presumível. A coisa veio à tona na sexta-feira (16). Houve tempo bastante para aqueles que colocaram a escuta retirarem", disse o presidente do TSE.
Há duas semanas, o TSE anunciou que, numa varredura de rotina, a empresa Fence encontrou grampos em duas linhas diretas dos ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso instaladas nos gabinetes deles no Supremo Tribunal Federal. O terceiro telefone grampeado seria uma linha de fax utilizada pelo ministro Marcelo Ribeiro, no próprio TSE.
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Marco Aurélio comentou o laudo do Instituto de Criminalística e disse que o resultado é um grande "faz-de-conta". "Agora podemos concluir que continuamos no grande âmbito do faz-de-contas. Faz de conta que não houve grampo. O importante é que as instituições funcionem e que tudo que possa implicar desvio de conduta venha à tona porque só assim teremos dias melhores", criticou.
O ministro disse não acreditar que a Fence tenha se enganado quando informou ter encontrado os grampos. "Uma empresa como essa, que tem um contrato com o tribunal e vem prestando serviço há algum tempo, não criaria do nada algo sensacionalista como grampo em telefone de integrantes de tribunal. A presunção é de que nem todos são salafrários", afirmou.
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