O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), determinou que a Polícia do Senado deve concluir em cinco dias a investigação sobre grampos telefônicos ilegais contra senadores. O peemedebista quer saber se as escutas clandestinas foram feitas na Casa.
Garibaldi não descartou o auxílio da Polícia Federal para auxiliar a Polícia Legislativa na investigação. Ele foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) encontrar-se com o presidente daquela corte, ministro Gilmar Mendes. Acompanharam-no os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tião Viana (PT-AC), para debater uma nova legislação que limite os abusos nas interceptações telefônicas.
Os três parlamentares e o magistrado, segundo a revista Veja, foram grampeados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A publicação revelou um diálogo interceptado ilegalmente entre o Gilmar Mendes e Demóstenes.
Na manhã de hoje, Garibaldi também afirmou que avalia que não acha que não é necessário abrir uma CPI exclusiva para investigar as denúncias de grampos, “até porque já existe uma CPI dos Grampos”.
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Varredura
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse hoje (3) à tarde que a corporação pode auxiliar a Polícia do Senado a investigar se o grampo contra Gilmar Mendes saiu da Casa.
“Se os delegados precisarem de uma perícia, sim”, disse ele, ao sair de reuniões com Garibaldi Alves e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Segundo Corrêa, as visitas serviram para demonstrar a disposição da PF em investigar a autoria das escutas ilegais e também para tratar de assuntos internos da corporação.
Na tarde desta quarta-feira, a CPI vai ouvir o depoimento do ex-diretor-adjunto da Abin, José Milton Campana. Ao lado do diretor-geral, Paulo Lacerda, Campana foi afastado temporariamente do cargo pelo presidente Lula no início da semana. De acordo com o petista, o afastamento ocorreu para dar “transparência” às investigações. (Rodolfo Torres e Eduardo Militão)
Atualizada às 13h53
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