A Polícia Federal entende que uma escuta telefônica é a mais nova ligação entre o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) e uma quadrilha que fraudava empréstimos do BNDES. Segundo edição de hoje (16) do jornal O Estado de S.Paulo, dois acusados no escândalo conversam sobre quem seria o “chefe” que define os “porcentuais”.
“Para os federais, o ‘chefe’ é Paulinho”, diz a reportagem. A polícia entende que o deputado é a pessoa citada pelos interlocutores porque há um grampo no qual o coronel Wilson Consani diz que Paulinho é o “chefe maior”. O jornal destaca que ele afirmou à imprensa que o deputado era mesmo o chefe do grupo.
Na próxima quarta-feira (18), o Conselho de Ética da Câmara se reúne para analisar a representação contra Paulinho da Força. O relator do caso é Paulo Piau (PMDB-MG). Paulinho já deixou a presidência do partido em São Paulo, mas nega as denúncias envolvendo seu nome.
O inquérito da Operação Santa Tereza, que investiga fraudes no BNDES, não indiciou o deputado, por conta de sua prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal (STF). No Supremo, a Procuradoria Geral da República apura a eventual participação de Paulinho da Força por meio de um novo inquérito.
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