O presidente Lula se reúne desde a manhã de hoje (1º) com os ministros palacianos e a equipe econômica para debater o combate à crise financeira mundial e a reforma tributária em votação na Câmara.
Os deputados da base divergem do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre três pontos que o governo quer inserir no texto: a criação de um imposto de renda por setor de atividades, a redução da existência da Zona Franca de Manaus (somente até 2023) e a desoneração total da cesta básica.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), marcou sessão deliberativa para esta segunda-feira, o que não é usual na Casa. A intenção é apressar a votação da reforma e de uma matéria importante para o petista, a mudança no rito de tramitação das Medidas Provisórias, de modo que elas não tranquem mais as pautas do Senado e da Câmara.
Entretanto, são justamente duas MPs vindas do Senado que vão trancar a pauta dos deputados hoje. Por uma manobra da oposição – que é contrária à reforma tributária –, as medidas provisórias terão ser analisadas de novo na Câmara, e atrasar o desejo do governo de aprovar ainda este ano as mudanças no sistema de impostos do país.
O ano no Congresso acaba daqui a 20 dias. Os deputados e senadores só voltariam a trabalhar em 1º de fevereiro de 20009.
Até as 13h, a reunião da Coordenação Política do Palácio do Planalto não havia terminado. (Eduardo Militão)
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