Mário Coelho
O governo vai reajustar o valor do benefício do Bolsa Família em 9,68%. O percentual foi publicado na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União (DOU). Além disso, o Executivo também enviou mensagem hoje pedindo o crédito suplementar de R$ 597,9 milhões para custear o impacto do aumento do número de famílias beneficiadas pelo programa.
O valor básico do benefício passa para R$ 68, contra R$ 62 do último reajuste, e o benefício variável – pago de acordo com o número de crianças – passa de R$ 20 para R$ 22. O benefício vinculado aos adolescentes, que era de R$ 30, passa para R$ 33 por cada jovem, até o limite de R$ 66 por família. No primeiro caso, o reajuste foi de 9,68% e nos demais, de 10%.
O aumento valerá a partir de 1º de setembro. A partir desta data, 11 milhões de famílias atendidas pelo programa poderão sacar os valores já alterados. Segundo a Agência Brasil, o reajuste corresponde ao aumento de preço dos alimentos que ocorreu nos últimos meses e foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Crédito
A mensagem direcionada ao Congresso Nacional, também publicada no DOU de hoje, pretende dar conta do impacto causado pelo aumento de beneficiados pelo programa. Ontem (30), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já tinha adiantado que o governo iria pedir mais dinheiro para custear o Bolsa Família.
Esses valores serão destinados ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, órgão responsável pelo Bolsa Família, e ao Ministério da Previdência Social. Parte do crédito – segundo assessores do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão – terá como destino as cerca de 1,3 milhões de famílias a mais que serão beneficiadas pelo programa até outubro.
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