O governo vai autorizar o investimento de R$ 2 bilhões, ainda este mês, em infra-estrutura e projetos sociais. O anúncio saiu 25 dias antes de o Orçamento Geral da União (OGU), em vigor desde janeiro, perder a validade. Neste momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Palácio do Planalto discutindo o uso de verbas da União com a Junta Orçamentária, formada pelos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Paulo Bernardo.
O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, também participou do encontro e deixou o Palácio há pouco. Segundo ele, o governo vai investir pesado em infra-estrutura e na área social. Ele disse que Lula quer priorizar a liberação de recursos para áreas que possam permitir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que caiu 1,2% no terceiro trimestre deste ano.
“A gente pode racionar, puxando para cima, com algo em torno de R$ 2 bilhões. Estou falando de investimentos, evidentemente fora os gastos obrigatórios que nós temos para este ano”, afirmou. Wagner avisou, no entanto, que o cálculo foi feito com base em estimativas de receitas e, por isso, os valores podem variar ao longo do mês.
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O ministro adiantou que metade do dinheiro, cerca de R$ 1,1 bilhão, deve ser destinado para as emendas coletivas apresentadas pelos parlamentares ao Orçamento. As emendas que tratam de recursos para investimentos em infra-estrutura e no campo social serão prioridade. “Essa emendas totalizam R$ 6 bilhões, mas é um número que permite atender a boa parcelas das demandas dos governos estaduais e do Congresso”, afirmou.
Os ministros, segundo Wagner, não terão motivos para reclamar de falta de vontade do governo para liberar verbas. Ele afirmou que o governo está disposto a empenhar 87% do previsto no OGU deste ano. “Pelo o que o ministro Paulo Bernardo apresentou, estamos com 87% empenhados em relação ao previsto. Portanto, eu diria que a gente está numa média bastante razoável. Evidentemente, você pode ter um ou outro ministério que não esteja exatamente nesta média”, argumentou.
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