Fábio Góis
O governo não vai prorrogar a política de desoneração instituída como resposta à crise financeira internacional. A informação foi dada hoje (quinta, 15) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele descartou a possibilidade de o governo não pretende estender, até o fim do ano, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os chamados “produtos da linha branca” (eletrodomésticos).
Mantega afirmou que “não há mudança” em relação à incidência do IPI. Segundo a Agência Brasil, a declaração foi feita quando o ministro deixava o ministério para viajar a São Paulo, onde participa de homenagem na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
As reduções de imposto foram uma forma encontrada pelo governo para minimizar os efeitos da crise financeira internacional, que abalou a economia mundial a partir do fim de 2008. Produtos e serviços dos setores automotivo e de construção civil também foram incluídos na redução de IPI.
No fim de junho, o governo prorrogou prazos de redução do IPI para cada setor, com períodos diferentes, de acordo com as características de cada área: três meses para automóveis, com reversão gradual da taxação depois do prazo (à exceção dos caminhões, que seguem isentos até 31 de dezembro); seis meses para material de construção; e para eletrodomésticos da linha branca, que receberam a redução de IPI em abril, isenção até 31 deste mês.
Também foi prorrogada a desoneração de PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para produtos diversos, como equipamentos industriais, motos, farinha de trigo e pão francês. Com as reduções, o governo visava preservar empregos e manter aquecida a atividade econômica, bem como promover o ajuste das vendas.
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