O governo do Distrito Federal (GDF) admite a possibilidade de voltar a parcelar o salário do funcionalismo ainda este ano, a exemplo do que ocorreu no início da gestão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), em 2015. Só os servidores da segurança pública, segundo o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, deverão ser poupados. “Se houver parcelamento, só a segurança pública ficará de fora. Todas as outras categorias serão afetadas”, adiantou.
Sampaio também reconheceu que alguns serviços de atendimento ao público poderão parar por falta de dinheiro, inclusive hospitais e ambulatórios. Fornecedores de medicamentos, vigilantes e prestadores de serviço de escolas não recebem há meses.
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“Vai chegar uma hora que serviços essenciais vão parar. Para manter os salários em dia, estamos atrasando os pagamentos (aos fornecedores) em dois ou três meses”, afirmou. Ele contou que o governo chegou a imprimir duas folhas de pagamento para julho. Uma delas com pagamento de 80% no quinto dia útil e o restante para a semana seguinte.
Os débitos, de acordo com o secretário, já passam dos R$ 800 milhões. A grande maioria se refere a pendências de anos anteriores. A previsão de deficit do governo do Distrito Federal é de R$ 1,5 bilhão até dezembro.
Em entrevista coletiva nessa terça-feira (15), Sérgio Sampaio disse que não há perspectiva de elevar a arrecadação. O governo do Distrito Federal alega que recebe ainda hoje os mesmos R$ 13 bilhões do fundo constitucional a que tem direito os mesmos R$ 13 bilhões de 2011. Também reclama que não há previsão de receber R$ 780 milhões que a União deve ao DF referentes a débitos previdenciários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
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