Edson Sardinha
Balanço divulgado hoje (4) pela Casa Civil mostra que o governo investiu 63,3% dos recursos previstos nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos últimos três anos. Segundo a ministra Dilma Rousseff, foram aplicados R$ 403,8 milhões em obras de infraestrutura social e urbana, como saneamento, habitação e metrô, energia e logística entre 2007 e 2009. Outros R$ 234,2 milhões devem ser investidos até o final deste ano.
Do total investido, R$ 126,3 bilhões saíram do governo federal e R$ 88,8 bilhões do setor privado. Os R$ 188,7 milhões restantes vieram da contrapartida dos municípios, entre outras fontes. O cálculo leva em consideração os recursos pagos e empenhados (com compromisso de pagamento) pelo governo federal, que estima em 40% o índice de obras do PAC já concluídas.
“O investimento era pífio, não se fazia investimento em infraestrutua há muito tempo”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comemorar os números do programa.
Segundo o balanço da Casa Civil, os setores da habitação e do saneamento estão em estado mais avançado: 66,4% de suas obras já foram encerradas. No caso das obras de logística e energia, 27,6% das ações foram concluídas. Mais da metade dos R$ 40,5 bilhões aplicados em logística tiveram como destino a pavimentação de 5 mil quilômetros de rodovias.
Objeto de preocupação desde o apagão que atingiu o Rio de Janeiro e outros estados em novembro, o setor de energia recebeu R$ 72,4 bilhões em investimento nos últimos três anos. Desse total, R$ 23,8 bilhões foram usados na exploração de reservas de petróleo e gás natural.
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