O anúncio foi feito em entrevista coletiva concedida por Dilma durante intervalo da reunião ministerial. Dilma se reuniu com 37 ministros na Granja do Torto, em Brasília, para discutir os cinco pactos anunciados há uma semana em reunião com governadores e prefeitos, e encontrar soluções para as demandas apresentadas por movimentos sociais nas manifestações que tomaram conta de todo o país. Os ministros da Cultura, Marta Suplicy, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ambos em viagem oficial, não compareceram.
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Ao final da coletiva, perguntada se o seu governo é “padrão Fifa”, Dilma, que vive o mais baixo índice de popularidade desde que iniciou o mandato, respondeu: “Meu governo é padrão Felipão”.
Dilma afirmou que a decisão não cabe a ela, mas que gostaria de ver as novas regras eleitorais valendo já nas eleições do ano que vem. Acrescentou que o prazo dependerá da atuação dos parlamentares. “Do nosso ponto de vista, seria de todo oportuno, mas não temos como definir isso, depende do prazo que o Tribunal Superior Eleitoral der e depende do Senado e da Câmara. Eu não tenho governabilidade sobre essa questão. Eu gostaria muito, para levar em conta toda a energia que vimos nas mobilizações, que tivesse efeito nas eleições”, disse.
Na manhã de hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entregou à presidenta do TSE, Cármen Lúcia, a consulta sobre o tempo e o valor do plebiscito. Desde o anúncio do plebiscito, feito na semana passada, juristas e parlamentares, tanto da base quanto da oposição, criticam o modelo. Para oposicionistas, governo está fazendo uma “manobra” para conter as manifestações.
Durante a reunião, Dilma fez um breve pronunciamento e afirmou que os protestos em todo o país demonstram uma luta por mais representatividade. “O que se quer são mais direitos, mais participação e, sem sombra de dúvida, mais ação enquanto cidadão. Nós consideramos o método plebiscito porque achamos que é importante que haja esse protagonismo da população.”
PublicidadeAlém dos ministros, participaram também da reunião, os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE) e o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia. O vice-presidente Michel Temer, também participou do encontro.
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