O anúncio foi feito nesta manhã pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, em solenidade com a participação da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo o ministro dos Transportes, o programa vai permitir a duplicação dos principais trechos rodoviários do país e a expansão da malha ferroviária brasileira. “O nosso objetivo é resgatar as ferrovias brasileiras como alternativa de logística para o país. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já foi o primeiro passo nesse sentido. Esse programa dá outros largos passos nessa direção”, declarou Paulo Sérgio.
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Privatização, não
Em entrevista aos jornalistas, a presidenta Dilma afirmou que o novo modelo não pode ser comparado a uma privatização. “Esta é uma questão absolutamente falsa. Eu hoje estou tentando consertar em ferrovias equívocos cometidos na privatização”, declarou. “Na verdade, é o resgate da participação do investimento privado em ferrovias, mas é também o fortalecimento das estruturas e do planejamento em regulação”, acrescentou.
O programa anunciado hoje prevê a aplicação de R$ 79,5 bilhões nos próximos cinco anos. Os demais R$ 53,5 bilhões devem ser investidos nos 25 anos seguintes. Para as rodovias, o governo estima investimentos em parceria com a iniciativa privada de R$ 42 bilhões. No caso das ferrovias, o valor previsto é de R$ 91 bilhões.
Nova estatal
A execução do programa ficará a cargo da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que substituirá a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav).
De acordo com o ministro dos Transportes, as concessões serão definidas pela menor tarifa de pedágio. Na área urbana, destacou Paulo Sérgio Passos, não haverá cobrança de tarifa. O pedágio só poderá ser cobrado quando pelo menos 10% das obras estiveram concluídas. Os leilões devem começar ainda este ano com o trecho mineiro da BR 116. No caso das ferrovias, o governo quer apostar nas parcerias público-privadas.