“Estabelecemos uma unidade extremamente forte e firme no sentido de que as manifestações legítimas democráticas e pacíficas tenham uma resposta numa participação, numa consulta popular, para que nós possamos avançar. (…) Por isso que todos os partidos estão convictos que a consulta à população, que o plebiscito é fundamental, porque ouve em primeiro lugar a população”, afirmou Ideli.
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A mesma opinião têm os líderes partidários governistas. Para eles, foi possível chegar a um acordo sobre a necessidade de um plebiscito. Inclusive, descartaram a possibilidade de haver um referendo, que viria depois de o Congresso estudar e aprovar mudanças na legislação. “E quando confrontado a ideia de um plebiscito e a ideia de um referendo, por unanimidade, nós fechamos essa unidade já referida em torno de um plebiscito”, disse o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
“Terminada reunião com a presidenta Dilma com o lideres da base. Produzimos um amplo apoio à proposta do plebiscito”, disse o líder do PT, José Guimarães (CE). Já o líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), ponderou que é preciso ainda esclarecer alguns pontos. “PSB apóia consulta popular! Agora é aguardar TSE manifestar-se sobre os prazos e condições para fazê-lo e governo e Congresso definirem as perguntas”, completou.
Dilma primeiro se reuniu com presidentes de dez partidos que fazem parte da base aliada no Congresso. Depois, ela esteve com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes governistas na Casa. Por último, recebeu os líderes governistas na Câmara. Todos os encontros foram acompanhados pelo vice-presidente Michel Temer e os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
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PublicidadeDe acordo com o presidente do Senado, o governo deve enviar na próxima semana a mensagem com o pedido de plebiscito. O peemedebista acrescentou a possibilidade de uma das perguntas a serem feitas aos eleitores é sobre a possibilidade de mudar o princípio da anualidade. A Constituição prevê que mudanças no processo eleitoral precisam ser sancionadas pelo menos um ano antes das eleições.
Com o acordo em torno do tipo de consulta popular, os temas do plebiscito serão debatidos pelos parlamentares. “O que vai constar, o tempo que vai levar para ser feito, e quando vai valer serão definidos com as bancadas. Uma série de fatores será levada às bancadas. Vai ser necessário costurar acordos”, avaliou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, de acordo com a Agência Brasil.