Essa é a primeira reação da base do governo depois da aprovação do relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) favorável ao afastamento da presidente. A segunda, se Renan Calheiros não acatar o pedido, será o questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da abertura do processo de impeachment pelo então presidente da Câmara Eduardo Cunha, em dezembro do ano passado.
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A AGU vai alegar que houve desvio de finalidade na decisão de Cunha. O argumento é de que Cunha aceitou o pedido depois que o PT se recusou a livrá-lo do processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. “Houve um claro desvio de finalidade na aceitação do pedido de abertura de impeachment por Eduardo Cunha”, disse o senador Lindberg Farias (PT-RJ).
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que o recurso é mais uma manobra protelatória do PT e da base do governo no Senado e da própria AGU em um processo que já está definido pela maioria dos senadores. “A defesa da presidente Dilma já teve tempo suficiente para apresentar a sua defesa e não convenceu os senadores”, disse Cunha Lima.
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