Por 11 votos a sete, a CPI dos Cartões Corporativos acaba de rejeitar o item mais polêmico da pauta: o requerimento apresentado pelo deputado Vic Pires (DEM-PA) para que a Casa Civil enviasse informações sobre o quantitativo de pagamento dos cartões desde 2002.
Além dos nomes, do CPF e das unidades gestoras dos portadores dos cartões, o deputado também queria saber qual limite de crédito de cada cartão e o detalhamento, mês a mês, dos gastos, bem como as notas fiscais de todas as despesas feitas com eles.
“Se esse requerimento não for aprovado, meu partido vai entrar com pedido para que seja aberta uma CPI no Senado, porque no Senado o governo não nada de braçada. E assim não haverá presença de macacos de auditório”, afirmou o deputado antes da votação.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que apresentará um requerimento para que os pedidos da oposição sejam analisados pelo Plenário do Senado caso a CPI não delibere sobre as requisições feitas pelo partido e pelo DEM.
Apesar do clima ameno em relação à reunião da semana passada, marcada por bate-boca e gritaria, parlamentares do governo e da oposição trocaram farpas por causa da denúncia de existência de um dossiê com informações sobre gastos do governo FHC.
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Há pouco, o deputado Manato (PDT-ES) reagiu à declaração do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) de que os parlamentares indicados pelo governo haviam sido escolhidos a dedo.
“Eu gostaria que o senhor desse nome aos bois”, reclamou o capixaba. O paranaense respondeu com ironia. “Mas ser escolhido a dedo pode ser algo positivo. Pode ter sido escolhido pela competência”, afirmou. Manato, que estava ao lado do senador tucano, virou as costas enquanto o colega falava. (Soraia Costa)
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