Mário Coelho
O governador interino do Distrito Federal, Wilson Lima (PR), exonerou nesta sexta-feira (5) cinco pessoas envolvidas no mensalão do governador preso José Roberto Arruda (sem partido).
Todas estavam afastadas desde 27 de novembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Caixa de Pandora. Contudo, até o momento, elas continuavam vinculadas ao governo do DF. A medida foi publicada em suplemento especial do Diário Oficial do DF distribruída no início da tarde de hoje.
Perderam os cargos José Geraldo Maciel, ex-secretário-chefe da Casa Civil; Fábio Simão, ex-chefe de gabinete da Governadoria; Omézio Pontes, ex-assessor de imprensa de Arruda; José Luiz Valente, ex-secretário de Educação; e Gibrail Gebrim, que também trabalhava na pasta.
De acordo com o secretário de Comunicação do GDF, André Duda, as exonerações foram assinadas por Lima na noite de ontem (4). Porém, por um erro da gráfica que imprime do DODF, as exonerações não foram publicadas.
De acordo com o inquérito 650DF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maciel era encarregado de, entre outras coisas, pagar aproximadamente R$ 400 mil mensais a alguns deputados distritais da base aliada pelo apoio ao governo Arruda.
Ele foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ. Já o ex-secretário de Educação é acusado de ter recebido R$ 60 mil da Info Educacional, empresa contratada para prestar serviços ao GDF.
Fábio Simão é apontado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa, delator do esquema, como o responsável por “gerenciar os contratos de terceirização de serviços do GDF”, cabendo-lhe “arrecadar dinheiro de propina dessas empresas e repassá-lo a quem Arruda determinasse”.
Omézio Pontes aparece em pelo menos dois vídeos recebendo, segundo o depoimento de Barbosa, “mais de R$ 100 mil” da primeira vez e R$ 100 mil da segunda, esta junto com o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF (TCDF) Domingos Lamóglia. Gibrail Gebrim é acusado por Barbosa de receber propina do mensalão.