Renata Camargo
O governador em exercício do Amapá, Dôglas Evangelista Ramos, anunciou neste sábado (11) que irá suspender o pagamento de todos os fornecedores do estado. Segundo Ramos, a decisão foi tomada por “cautela”. “A primeira providência foi essa. A partir de terça-feira só vamos pagar o que for necessário”, disse Ramos, segundo o G1.
Presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, Ramos assumiu o governo do estado após a prisão do governador, Pedro Paulo Dias (PP), preso na operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, deflagrada ontem (10). Dias é acusado de desviar verbas públicas. Na operação foram presas 18 pessoas, entre elas estão também o ex-governador Waldez Góes (PDT) e o presidente do Tribunal de Contas do estado, José Júlio de Miranda Coelho.
PF prende atual e ex-governador do Amapá
Ramos anunciou que deve ficar no cargo por apenas cinco dias, que é o prazo da prisão temporária do governador. A orientação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo ele, é colocar pessoas de sua confiança na área financeira do governo. Na coletiva à imprensa na manhã de hoje, Ramos enfatizou que pretende trazer tranqüilidade para a população do estado.
O governador em exercício disse ainda que, ao menos por enquanto, não fará mudanças profundas na estrutura do governo. Ele afirmou que não irá destituir secretários dos cargos, mesmo aqueles que foram chamados a depor na polícia. “Se eu afastá-los hoje, daqui a pouco o governador volta e põe de volta”, declarou.
Em Macapá, capital do Amapá, manifestantes participam nesta manhã de um ato política em defesa do governador preso do Amapá e do ex-governador Waldez Góes. O protesto ocorre em frente à residência oficial do governador, no centro da cidade. Os manifestantes gritam palavras a favor dos acusados e protestam com bandeiras e carro de som.