Acusada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de tramar sua cassação, a TV Globo negou ter promovido campanha contra o agora ex-deputado. Em nota lida no Jornal Nacional, a emissora disse que cobriu os fatos com correção e isenção e que as queixas feitas pelo peemedebista também são feitas por “políticos de diferentes cores ideológicas ao se verem em dificuldades motivadas por atos próprios ou de seus partidos”.
“Como em casos semelhantes, a Globo cobriu os fatos com correção e isenção, de acordo com a gravidade e relevância que exigiram. E assim continuará a agir em cumprimento com os princípios jornalísticos e em respeito aos seus telespectadores e em respeito aos cidadãos brasileiros”, diz a TV.
Na madrugada de terça-feira, em sua primeira entrevista após a perda do mandato, Cunha responsabilizou a Globo, o governo Michel Temer e o PT de promoverem uma “campanha de perseguição aos deputados para estarem presentes” em seu julgamento. “É muito difícil aguentar como eu aguentei um ano inteiro da TV Globo de campanha como fez”.
“Quando o governo patrocinou a candidatura do presidente (Rodrigo Maia) que se elegeu, em acordo com o PT, o governo de certa forma aderiu à agenda da minha cassação. O binômio governo e Globo, associados ao PT. É engraçado, mas é”, declarou o peemedebista em entrevista coletiva. Cunha atribui o que chama de “perseguição” ao fato de sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, ter vencido a emissora em uma causa trabalhista na Justiça.
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O ex-presidente da Câmara foi cassado com 450 votos. Apenas dez deputados votaram contra a cassação, nove se abstiveram e 42 faltaram à sessão.
Como cada deputado votou na cassação de Cunha
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