Além do ex-senador, também viraram réus nesta terça-feira (10), o seu filho, Gim Argello Junior, seu ex-assessor, Paulo Roxo, e o ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Valério Neves. Moro também aceitou a denúncia contra os empresários Léo Pinheiro, da OAS, Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro, da UTC, além de José Zardi Ferreira e Dilson Paiva Filho.
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Não foram aceitas, porém, as denúncias contra Cláudio Melo Filho e Marcelo Odebrecht, ambos ligados à construtora Odebracht. Moro justifica que nestes casos, não há “justa causa” para torná-los réus também nesta ação penal. Para o juiz, “não há elementos suficientes para amparar uma denúncia”.
A denúncia contra Gim Argello aponta que o ex-senador, em parceria com dirigentes das empreiteiras envolvidas no esquema corrupção na Petrobras, negociaram vantagens indevidas. Entre os meses de abril e dezembro de 2014, houve pagamento de propina para obstruir os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito instauradas (CPIs) no Senado e na Câmara dos Deputados.
As CPIs foram abertas para apurar atos ilícitos cometidos contra a petroleira e, conforme se constatou, houve o acerto de pagamento de propina para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento. Argello era membro da CPI do Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, formada por deputados e senadores. Segundo o MPF, a ideia era cobrar R$ 5 milhões de cada uma das empreiteiras envolvidas.