Sílvio Abdon/CLDF
Tomou posse há pouco como senador o ex-deputado distrital Gim Argello (PTB-DF). O petebista era o primeiro suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao mandato após ter sido flagrado em uma escuta telefônica combinando a partilha de R$ 2,2 milhões. Gim é acusado de ter participado do negócio.
Questionado pelo senador Arthur Virgílio (AM),líder do PSDB, a respeito das acusações contra ele, o novo senador afirmou que pretende fazer discurso em outra oportunidade. "Vou mostrar que nada devo", disse Gim.
Virgílio listou cinco inquéritos judiciais a que Argello responde, inclusive o que foi gerado a partir de uma gravação em vídeo de confissão de esquema de grilagem de terras públicas, envolvendo 300 lotes do Condomínio Alto da Boa Vista, feita pelo ex-deputado distrital Odilon Aires.
O Corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), pediu à Mesa Diretora as notas taquigráficas do questionamento de Virgílio. Tuma já declarou anteriormente que pretende investigar Gim.
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Na Operação Aquarela, realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal, Gim é citado em um grampo telefônico e é suspeito de ter intermediado a negociação de um terreno supervalorizado após a mudança de sua destinação. O terreno foi vendido pelo ex-deputado federal Wigberto Tartuce a uma das empresas do empresário Nenê Constantino. (Rodolfo Torres e Eduardo Militão)