A representação no Conselho de Ética do Psol contra o senador Gim Argello (PTB-DF) não poderá ser aplicada para a perda do mandado por falta de decoro. Foi o que afirmou agora há pouco o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais. Segundo Cascais, a representação não poderá seguir o trâmite no Senado, pois Argello era suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) quando ocorreram as denúncias apontadas pelo Psol.
"O Supremo Tribunal Federal (STF) tem normas, que tratam do impedimento e da obrigação dos parlamentares, que não se aplicam aos suplentes enquanto não houver a posse. Pelo que consta, não há inquérito específico contra o senador Gim Argello", disse Cascais à Folha Online.
O senador do PTB é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Gim Argello está envolvido em irregularidades apontadas pela Operação Aquarela. Segundo o juiz Roberval Belinati, responsável pelo inquérito da Operação Aquarela, Gim é citado em uma das conversas grampeadas durante as investigações. "Apareceu o nome de Gim Argello em uma escuta telefônica da investigação Aquarela. Essa menção é juridicamente um indício de envolvimento, mas neste momento não posso ainda fazer nenhum juízo de valor sobre a participação dele nas denúncias", explicou o juiz no último dia 10. (Lúcio Lambranho)