O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu habeas corpus, pela segunda vez, a Paulo Vieira de Souza, apontado como operador de propinas do PSDB em São Paulo. O ex-diretor da Dersa havia sido preso na manhã de hoje (quarta, 30), acusado pelo Ministério Público de representar risco às investigações por ameaçar testemunhas.
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Souza foi preso pela primeira vez em 6 de abril, por ordem da Justiça Federal em São Paulo, acusado de ser operador de propinas do PSDB em esquema de desvio de recursos nas obras do trecho Sul do Rodoanel, entre 2009 e 2011. Ele ficou preso até 11 de maio, quando o ministro determinou a soltura do engenheiro. A decisão de Gilmar libera ainda a filha do ex-executivo, Tatiane Cremonini, que também havia sido presa na manhã de hoje.
Segundo as investigações, o esquema do qual o ex-diretor da Dersa fazia parte movimentou cerca de R$ 113 milhões em contas na Suíça. Paulo foi preso preventivamente pela primeira vez após procuradores afirmarem que uma ex-funcionária da Dersa havia recebido ameaças de morte.
No dia 14 de maio, a procuradora da República em São Paulo Adriana Scordamaglia apresentou novo pedido de prisão preventiva contra ele. A iniciativa foi provocada pelo próprio empresário por ter faltado a uma audiência judicial marcada para aquela data na 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
A defesa de Paulo afirmou à época que o cliente deixou de ir à 5ª Vara Criminal propositalmente, pois o STF havia determinado que a juíza Maria Isabel do Prado, responsável pelo processo, não desse início à instrução processual antes de ter acesso aos argumentos da defesa, que pede absolvição sumária.
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