Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes foram recebidos com um “tomataço” em evento no Instituto de Direito Público (IDP) na manhã deste sábado (28), em São Paulo. É a segunda vez que um grupo de manifestantes espera Gilmar com tomates na porta do IDP neste mês. Em 9 de outubro, antes de uma palestra sobre reforma política, um grupo também jogou tomates na entrada do instituto.
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Manifestantes aguardavam os ministros do lado de fora do instituto com tomates nas mãos e espalhados pelo chão, na entrada do local, que fica perto à Avenida Paulista. De acordo com a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, um carro foi alvo dos tomates quando entrava no local, mas os ministros negaram que estivessem no veículo. Um manifestante ouvido pelo jornal, o empresário Ricardo Rocchi, de 47 anos, afirmou que a manifestação era “por tudo o que o Gilmar fez, ele solta todo mundo. É uma vergonha”.
Os ministros fizeram breves comentários sobre a recepção dos manifestantes, que tinha foco em Gilmar. Enquanto Moraes afirmou que “A Constituição dá direito a manifestações, e não a agressão”, Gilmar disse que os manifestantes podiam ter dado os tomates a uma instituição beneficente.
As palestras programadas para hoje só começaram uma hora após o previsto e, antes do início do evento, uma mulher que carregava três bolsas foi expulsa do auditório pela Polícia Militar. Amélia Regina Coelho se recusou a deixar as bolsas em um maleiro ou que representantes do evento as guardassem e discutiu com os seguranças dos ministros. Amélia Regina tinha sido revistada pela segurança do local e trazia, papéis, uma água e uma maçã.
PublicidadeBate-boca no plenário
Gilmar Mendes protagonizou uma discussão áspera com o colega Roberto Barroso no plenário do STF. Barroso – que, a exemplo de figuras como o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, com quem Gilmar se estranhou mais de uma vez – acusou o interlocutor de julgar de maneira indevida.
Durante a discussão, Barroso falou mais que Gilmar e chegou a fazer verdadeiro discurso contra o que disse considerar vista grossa do colega com “criminalidade de colarinho branco”.
“Não transfira para mim essa parceria que vossa excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”, vociferou Barroso. Gilmar reagiu com um riso irônico e disse: “Imagine!”.
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