O ministro da Cultura, Gilberto Gil, deve mesmo voltar suas atenções exclusivamente para o mundo da música já em 2008, depois de cinco anos à frente da pasta em Brasília. Um dos expoentes da “Tropicália”, movimento de contracultura que caracterizou a música brasileira nos anos 70, Gil alega incompatibilidade de agenda para deixar a política e se dedicar apenas à grande paixão, os palcos.
Reportagem publicada hoje (10) no caderno de cultura do jornal Folha de S.Paulo (“Ilustrada”) revela que o ministro está convalescendo de uma cirurgia para retirada de um pólipo – espécie de calo que se forma nas cordas vocais –, que foi diagnosticado há cerca de dez anos. Segundo Gil, que está em tratamento de recuperação há um mês, o problema estaria afetando sua voz.
"Até eu ter enfrentado isso, estar no ministério era uma questão aberta. Podia sair como podia ficar. Mas aí me defrontei com isso – a perda de qualidade vocal permanente, constante", admitiu o ministro, em entrevista ao jornal paulista.
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O cantor-ministro ainda faz mistério sobre a data em que pretende deixar o governo, mas sinaliza que será mesmo no ano que vem. Ao contrário das outras vezes em que havia anunciado sua saída do Ministério, dessa vez Gil parece mesmo estar decidido.
A reportagem informa ainda que ele ainda não havia tratado oficialmente com o presidente Lula a respeito de sua sucessão na pasta, mas que o próximo ministro da Cultura receberá projetos em andamento, prontos para serem finalizados.
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