Mário Coelho
O radialista Geraldo Naves, segundo suplente do DEM na Câmara Legislativa, entregou-se na noite desta sexta-feira (12) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele, que teve a prisão preventiva decretada ontem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já era considerado pelos agentes federais como fugitivo, pois não tinha se apresentado até então. No momento, ele está alojado no edíficio da PF e aguarda transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Naves teve a prisão decretada por tentativa de suborno e por atrapalhar as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) nos desdobramentos do inquérito 650DF, que resultou na Operação Caixa de Pandora. Então deputado distrital – tinha assumido no lugar do também suplente Raad Massouh (DEM) – ele procurou o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, e entregou um bilhete escrito pelo governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido).
No papel, aparecem frases como “sei que ele tentou evitar”, “quero ajuda”, “sou grato”, “Geraldo está valendo” e “GDF OK”. Naves, no entanto, deixou de procurar Sombra. Junto com Naves, o STJ decretou também a prisão de Arruda, do ex-secretário de Comunicação Wellington Moraes, do ex-diretor da Companhia Brasileira de Energia (CEB), Haroaldo Brasil, e de Rodrigo Arantes, sobrinho e ex-secretário particular governador. Além deles, Antônio Bento da Silva, preso em flagrante na semana passada pela tentativa suborno, também foi alvo da decisão judicial.
Com o ex-deputado se entregando, todos os envolvidos no caso e que tiveram prisão decretada já estão presos. Arruda permanece na Superintendência da PF, onde deve ficar pelo menos até a próxima quinta-feira (18), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar o mérito do habeas corpus negado hoje pelo ministro Marco Aurélio Mello. Wellington, Haroaldo – ambos se entregaram hoje – e Rodrigo Arantes foram transferidos para a Papuda.
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