O Conselho de Ética do Senado realizou uma acareação nesta quarta-feira (6) entre o genro da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), Paulo Roberto Ribeiro, e o genro do empresário Darci Vedoin, Ivo Spínola. A idéia era averiguar se a parlamentar esteve envolvida com a máfia das ambulâncias.
Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos sócios da Planam, confirmou ter repassado R$ 72,2 mil a Paulo Roberto em troca de emendas feitas pela senadora do PT. A soma era equivalente a 10% do valor da emenda.
O genro da senadora disse ter recebido R$ 37.200 dos Vedoin, em cheque, pela venda de equipamentos hospitalares à família Vedoin e negou que o dinheiro fosse propina. O genro de Darci Vedoin deu outra versão. Spínola disse que presenciou Luiz Antonio Vedoin repassando uma alta quantia em espécie para Paulo Roberto.
Na avaliação dos parlamentares, a acareação não rendeu o esperado. Os dois mantiveram suas versões contraditórias. Para saber quem falou a verdade, o Conselho fará uma mega-acareação dos dois com os empresários Darci e Luiz Antonio Vedoin, donos da Planam, na próxima terça-feira.
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O relator do processo contra Serys, senador Paulo Octávio (PFL-DF), disse que ainda é cedo para dizer se a acareação complicou a situação da petista. "As investigações ainda estão acontecendo, estamos requisitando mais documentos e temos de ouvir mais pessoas. Preciso de mais provas, antes de dar meu juízo final com relação à Serys", disse.
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