Em matéria da edição da revista IstoÉ que começa a circular neste fim de semana, a jornalista Ana Carvalho informa que o ex-deputado Jose Genoino, que deixou o cargo de presidente nacional do PT no ano passado na esteira da crise do mensalão, voltará a dar aulas a partir de março.
Conforme a matéria, ele foi contratado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para ministrar um curso de seis meses sobre o Brasil pós-1964. O curso é dirigido a dirigentes sindicais.
Genoino, que se afastou da direção do PT depois que um assessor do seu irmão foi preso com US$ 100 mil na cueca, entrou em processo de profunda hibernação política após o episódio, lembra a revista.
Segundo a IstoÉ, "as aulas podem ser a melhor oportunidade para o ex-presidente petista retomar uma vida pública normal. ‘Em 500 páginas de inquérito policial, não há nenhuma prova sobre o envolvimento dele com os dólares na cueca’, afirma o advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco. ‘Seu sigilio bancário foi quebrado há oito meses e não se encontrou nenhum depósito suspeito, nada.’"
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A matéria acrescenta que, nos últimos meses, o ex-deputado aceitou convite do Itaú-BBA para fazer um palestra sobre a conjuntura política brasileira em Paris, mas recursou participar da festa de 26 anos do partido que já presidiu. Há duas semanas, almoçou com "o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, dois companheiros de infortúnio", conforme define a reportagem.\
De acordo com o texto, embora "instado a tentar recuperar sua cadeira de deputado federal nas próximas eleições", Genoino não teria se decidido ainda pela volta à política. Para fazê-lo, aguarda o relatório final da CPI dos Correios. O ex-presidente do PT, afinal, foi o avalista de empréstimos totais de R$ 5,4 milhões feitos ao partido, empréstimos estes que vários integrantes da comissão já apontaram como expedientes utilizados para "esquentar" operações irregulares realizadas pelo PT por meio da movimentação de recursos de caixa 2.