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Geddel havia sido preso em 4 de julho, acusado de tentativa de obstrução de Justiça em meio às ações da Operação Cui Bono. Uma semana depois, por meio de habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, passou para a prisão domiciliar. Em seu luxuoso apartamento, permaneceu sem tornozeleira eletrônica. O dispositivo está em falta no estado.
Além das digitais, a Polícia Federal reuniu outros indícios de que o ex-ministro é o dono da fortuna guardada em caixas e malas. O proprietário do imóvel e outra testemunha confirmaram que o apartamento estava sob os cuidados dele. Também foi identificada uma pessoa suspeita de ajudar Geddel a transportar o dinheiro.
Após 14 horas de contagem em máquinas, a PF concluiu que havia ali R$ 42.643.500 e US$ 2.688.000. Feita a conversão, a quantia apreendida totaliza R$ 51.030.866,40.
Prisão domiciliar
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O dinheiro foi localizado em uma ação de busca e apreensão da Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Operação Cui Bono. Geddel cumpre prisão domiciliar há quase dois meses no apartamento dele, em Salvador, sem monitoramento eletrônico.
Na Cui Bono, Geddel é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas em troca da liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF). Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
A descoberta do dinheiro complica a situação de Geddel, que está em prisão domiciliar na Bahia, acusado de obstrução da Justiça. O ex-ministro, que virou réu em 22 de agosto, foi denunciado por tentar atrapalhar as investigações sobre o desvios no FI-FGTS, o fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, no período em que foi vice-presidente da Caixa. Segundo a acusação, ele tentou impedir o doleiro Lúcio Funaro de fazer delação premiada.
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Em 3 de julho, o ex-ministro chegou a passar dez dias no Complexo Penitenciário da Papuda, antes de ter a prisão domiciliar autorizada. De acordo com nota do Ministério Público Federal, o objetivo de Geddel era evitar que Funaro e o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) firmassem acordo de delação premiada. O ex-ministro é acusado de oferecer vantagens indevidas, além de “monitorar” o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.
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