A Construtora Gautama Ltda., alvo da Operação Navalha da Polícia Federal, doou mais de R$500 mil a políticos do PMDB, do PSDB e do PDT nas eleições de 2006. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a empreiteira repassou R$ 200 mil ao comitê de campanha do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), R$ 100 mil para o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), R$ 100 mil para o senador João Bosco Papaléo Paes (PSDB-AP) e R$ 40 mil para três deputados peemedebistas: Átila Lins (AM), Gastão Vieira (MA) e Osvaldo Reis (TO). Outros R$ 30 mil foram doados à campanha do ex-deputado Armando Alves Júnior (PL-AP).
A O Estado, a assessoria de Papaléo Paes negou que o senador conheça o dono da Gautama, Zuleido Veras. Os três deputados do PMDB disseram o mesmo, mas contaram ao jornal que o mediador da doação foi o deputado Wilson Santiago (PMDB-PB), vice-líder do governo na Câmara.
"Ele disse que ia dar uma ajuda aos candidatos do partido. Um belo dia recebi telefonema em Manaus; era da liderança do partido pedindo o número de minha conta de campanha e o meu CNPJ. Caiu um depósito de R$ 40 mil e verifiquei que a doação tinha sido dessa empresa. Ela deu uma ajuda ao PMDB. O partido é que indicou os deputados que receberiam a contribuição. Prestei contas à Justiça Eleitoral, não tenho nenhuma ligação com a empresa e desconheço se ela tem obras no Amazonas", disse Átila Lins.
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"O dinheiro foi oferecido pelo partido, nunca fiz emenda para essa empresa", declarou o deputado Gastão Vieira. Osvaldo Reis negou que tenha recebido doação da Gautama: "Faltavam 30 dias para terminar a campanha e a liderança do PMDB me procurou dizendo que tinha uma ajuda, não me falaram quem era o doador". (Carol Ferrare)
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