Pelo menos sete estados já estão gastando mais com a manutenção do seu Judiciário e com o pagamento de supersalários do que com a área de segurança pública, que inclui todo o contingente de policiais militares e civis além da rede penitenciária. É o que revela um levantamento do jornal Estado S.Paulo publicado nesta sexta-feira (1º). A análise, segundo a reportagem, se baseia nos números da última execução orçamentária dos governos estaduais apresentada à Secretaria do Tesouro Nacional.
"Mesmo não contabilizando as aposentadorias, os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Espírito Santo, Rondônia, Amapá, Roraima e Rio Grande do Sul gastam mais com a estrutura dos tribunais do que com os presídios, delegacias de polícia e quartéis da PM. Em outros seis estados, os gastos nas duas áreas praticamente empatam (entre 90% e 100%): São Paulo, Maranhão, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Sergipe", diz o texto do repórter Sérgio Gobetti.
Dos 13 estados citados, diz o texto, apenas dois (ES e CE) não estão na lista divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com os 2.978 servidores que ganham acima de R$ 22.111,25 – teto máximo de remuneração na esfera estadual."Esse valor equivale a 90,25% do que ganham os ministros do Supremo Tribunal Federal, base para a escala de vencimento dos demais integrantes da magistratura no país", explica a reportagem.
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