Horas após sua prisão, nesta quarta-feira (22), o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, por meio de sua assessoria, publicou nota atribuindo a sua prisão e a de sua mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, a uma perseguição que vem sendo vitima desde que denunciou o esquema do ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Glaucenir de Oliveira, titular da 98ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. No texto, Garotinho destaca que o magistrado que assina os mandados é “o mesmo que decretou a primeira prisão de Garotinho no ano passado, logo após ele ter denunciado [o desembargador] Luiz Zveiter à Procuradoria Geral da República”.
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De acordo com Garotinho, “nem ele nem nenhum dos acusados cometeu crime” e, conforme disse ontem em um programa, foi alertado por um agente penitenciário a respeito de uma reunião entre Sergio Cabral e o deputado estadual Jorge Picciani, presidente da Assembléia Legislativa do Rio, durante a primeira prisão do parlamentar, semana passada, no presídio de Benfica. “Na ocasião, o presidente da Alerj [Picciani] teria afirmado que iria dar um tiro na cara do Garotinho”, diz a nota.
Operação
Ao lado de outras seis pessoas, os dois são acusados de integrarem uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários com o objetivo de financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão. O esquema, segundo o Ministério Público Federal (MPF), funcionou nas eleições de 2010, 2012, 2014 e 2016.
PublicidadePara o MPF, autor do pedido de prisão, o casal faz parte de uma organização criminosa que ainda está em atividade, tentando intimidar testemunhas e obstruir as investigações. Garotinho e Rosinha são acusados de corrupção passiva, extorsão, lavagem de dinheiro e pelo crime eleitoral de omitir doações nas prestações de contas. O esquema aponta ainda ligação com repasses da JBS e foram revelados pelo executivo da empresa Ricardo Saud , em delação premiada.
Ao lado de outras seis pessoas, os dois são acusados de integrarem uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários com o objetivo de financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão. O esquema, segundo o Ministério Público Federal (MPF), funcionou nas eleições de 2010, 2012, 2014 e 2016.
Para o MPF, autor do pedido de prisão, o casal faz parte de uma organização criminosa que ainda está em atividade, tentando intimidar testemunhas e obstruir as investigações. Garotinho e Rosinha são acusados de corrupção passiva, extorsão, lavagem de dinheiro e pelo crime eleitoral de omitir doações nas prestações de contas. O esquema aponta ainda ligação com repasses da JBS e foram revelados pelo executivo da empresa Ricardo Saud , em delação premiada.
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Leia a nota na íntegra:
“Nota oficial de Garotinho
Querem calar o Garotinho mais uma vez
O ex-governador Anthony Garotinho atribui a operação de hoje a mais um capítulo da perseguição que vem sofrendo desde que denunciou o esquema do governo Cabral na Assembleia Legislativa e as irregularidades praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter.
O ex-governador afirma que tanto isso é verdade que quem assina o seu pedido de prisão é o juiz Glaucenir de Oliveira, o mesmo que decretou a primeira prisão de Garotinho, no ano passado, logo após ele ter denunciado Zveiter à Procuradoria Geral da República.
Garotinho afirma ainda que nem ele nem nenhum dos acusados cometeu crime algum e, conforme disse ontem no seu programa de rádio, foi alertado por um agente penitenciário a respeito de uma reunião entre Sergio Cabral e Jorge Picciani, durante a primeira prisão do deputado em Benfica. Na ocasião, o presidente da Alerj teria afirmado que iria dar um tiro na cara de Garotinho.
Agora, a ordem de prisão do juiz Glaucenir é para que Garotinho vá com sua esposa para Benfica, justamente onde estão os presos da Lava Jato.
Cabe frisar que essa a operação à qual Garotinho e Rosinha respondem não tem relação alguma com a Lava Jato.”
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