O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB/RN), admitiu, na manhã desta terça-feira (1º), a necessidade de rever as regras para ingresso de suplentes na Casa. Com as eleições municipais de outubro, o total de parlamentares suplentes chega a 23, o que pode aumentar caso os três senadores que são candidatos à prefeituras decidam se licenciar.
São eles: Marcelo Crivella (PRB-RJ), candidato à prefeitura do Rio, Wellington Salgado (PMDB-MG), que concorrerá em Uberlândia, e Patrícia Saboya Gomes (PDT-CE), na disputa em Fortaleza. (leia mais)
Caso isso aconteça, o Senado pode ter 32% de suas cadeiras (que no total são 81) ocupadas por políticos não eleitos pelo voto direto. Hoje um terço da Casa é ocupada por suplentes.
“É uma preocupação que existe e que, inclusive, não deveria se constituir só numa preocupação, pois já há uma solução em vista: um projeto em tramitamento que resolve tudo isso. Mas o problema é que temos que acelerar”, afirmou.
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Segundo as assessorias dos três senadores-candidatos, ainda não está definido se os parlamentares irão licenciar-se do cargo. De acordo com informações do gabinete da senadora Patrícia Saboya, a candidata espera definir a pauta de votações da Casa para analisar uma possível conciliação.
Outros três senadores, no entanto, se retiram do cenário de votações para dar lugar aos suplentes com argumento de apoiar candidaturas de seus estados. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) já se licenciou e, na próxima semana, assume o suplente Marco Antônio Costa, empresário tocantinense também democrata.
Assim como Kátia Abreu, o senador Raimundo Colombo (Dem-SC) também se licenciou na semana passada. Sai um democrata e entra um peemedebista. Já está no cargo de suplente de Colombo, Casildo Maldaner (PMDB-SC).
O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) se licenciará em setembro para apoiar as eleições do estado. Essa será a segunda vez que Collor se retira das atividades parlamentares desde que assumiu o cargo em fevereiro de 2007. No ano passado, o senador ficou seis meses longe para atender a convites para dar palestras.
Diante do esvaziamento do Senado, que na semana passada teve um “recesso em branco”, e da chegada de novos parlamentares, Garibaldi avalia que as votações podem ser prejudicadas.
“As eleições são até outubro. Isso não significa que é todo o semestre. Tudo é uma questão de bom entendimento e de boa coordenação”, disse. “Mas é claro que o suplente vai dar uma colaboração muito menor do que se o titular tivesse em seu lugar”, admite. (Renata Camargo)
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