O presidente do Congresso, senador Garibaldi Alves(PMDB-RN), disse há pouco (2) que não irá tomar a iniciativa de convocar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por ainda desconhecer “até onde” tem poderes para isso.
“Sou favorável às investigações, para que elas possam ir o mais fundo possível, mas não posso extrapolar as minhas atribuições. Não posso substituir uma CPI , se não, não precisava de uma CPI. Eu seria a própria CPI”, comentou Garibaldi.
As declarações de Garibaldi se referem aos requerimentos apresentados pelo o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), no plenário do Senado, que a convocação de Dilma para ser ouvida no plenário do Senado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e na Comissão de Fiscalização e Controle.
Quanto ao primeiro requerimento, Garibaldi disse que, apesar de ele ser pertinente, ainda não há um prazo para que seja votado. “Foi encaminhado hoje [o requerimento]. Assim que tiver tudo pronto será votado e vamos aguardar o resultado da votação”, disse. “Na CPI parece que o governo não está disposto a enviar as informação, nem ver convocada a ministra e seus auxiliares”, acrescentou.
Leia também
Garibaldi tem reunião marcada no final da tarde de hoje com a presidente da CPI do Cartões, Marisa Serrano (PSDB-MS), e com o presidente do Tribunal de Contas da União, Walton Alencar Rodrigues. A iniciativa do encontro partiu de Serrano que quer saber do TCU como o tribunal pode ajudar nas investigações dos cartões corporativos.
Na sessão de ontem (1) da CPI, os governistas rejeitaram o requerimento que solicitava ao TCU as informações colhidas sobre os gastos com os cartões. Outro requerimento negado foi o que solicitava à Visanet e à Redecard os termos dos contratos firmados com o governo federal. Além desses, os parlamentares também negaram a solicitação para que a Casa Civil enviasse informações sobre o quantitativo de pagamento dos cartões desde 2002
Após a votação, Marisa anunciou a reunião com o presidente do Senado. "O TCU é um órgão ligado ao Congresso. Não faz sentido não termos acesso às informações colhidas por eles", destacou a senadora. (leia) (Erich Decat)