O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), defendeu hoje (12) que empresas que respondem na Justiça por suspeitas de irregularidades na prestação de serviços terceirizados à Casa “não participem” da nova licitação que o Senado promoverá.
Conforme ressaltou o peemedebista, o Senado está fazendo uma série de levantamentos em pareceres para evitar a participação dessas empresas.
Garibaldi também explicou que o corregedor da Casa, senador Romeu Tuma (PTB-SP), apresentará um relatório sobre as investigações que foram realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal nas licitações do Senado.
“Se essas investigações demandarem uma investigação interna, nós vamos fazer. Se o senador Romeu Tuma, no seu relatório, concluir que essa investigação basta, isso tudo nós vamos apreciar”, explicou.
Denúncias sobre irregularidades nos contratos de empresas terceirizadas – vinculados à Primeira Secretaria, sob o comando do senador Efraim Morais (DEM-PB) – foram publicadas na semana passada pelo Congresso em Foco e pelo jornal Correio Braziliense.
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A procuradora da República Ana Carolina Roman, que investiga denúncias de nepotismo no Senado, vai convocar as pessoas envolvidas com a terceirização da taquigrafia e a contratação de parentes de servidores da Casa pela empresa responsável pelo serviço, caso revelado com exclusividade no último dia (6) pelo Congresso em Foco. (leia mais)
Como mostrou este site, o MPF também quer anular a terceirização do serviço de taquigrafia nas comissões do Senado. Em ação civil pública, o procurador da República Rômulo Moreira Conrado pede o cancelamento do contrato de R$ 2,2 milhões assinado em janeiro de 2006 com a Steno do Brasil. O processo, que tramita na 4ª Vara Federal em Brasília desde 30 de maio deste ano, foi proposto a partir de uma denúncia anônima de nepotismo enviada à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF). (Rodolfo Torres)