O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), descartou há pouco a possibilidade de instalar hoje a CPI dos Cartões Corporativos no Senado. Mais cedo, o peemedebista presidiu a sessão do congresso nacional que criou a CPI mista (formada por deputados e senadores) dos Cartões Corporativos (leia mais).
O peemedebista afirmou que na próxima semana o assunto será debatido. Contudo, destacou que, em seu entendimento, “não há como compatibilizar” os dois colegiados. Para Garibaldi, é necessário que exista um “clima de tranqüilidade e entendimento” para se iniciar uma CPI. “Uma CPI com esse clima não vai muito longe”, sentenciou. De acordo com sua ótica, “sempre há a possibilidade” para que a CPI do Senado seja evitada.
O parlamentar também afirmou que decidiu não procurar mais um acordo entre governo e oposição, no sentido de convencer os governistas a cederem uma das vagas de controle do colegiado (presidência ou relatoria) a um partido de oposição. “Senti que não há espaço”, desabafou.
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A oposição exige que um dos postos seja entregue ao PSDB. Caso contrário, eles ameaçam obstruir as votações e abrir uma CPI apenas no Senado. Segundo Garibaldi, o líder do SPDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), “está buscando” apenas uma CPI. Contudo, o tucano tem declarado que é favorável a duas comissões para investigar os gastos com os cartões corporativos.
Em relação ao senador Neuto de Conto (SC), indicado pelo PMDB para presidir o colegiado, Garibaldi afirmou que o catarinense é muito “sereno”, e que “vai colaborar” caso o partido decida entregar a presidência da CPI ao PSDB. (Rodolfo Torres)
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