Para o presidente eleito do Congresso, a derrota do governo com a rejeição da CPMF é uma demonstração da independência do Legislativo, que, conforme destacou, "não existe só para discursar, mas para legislar".
"A instituição precisa ser respeitada nas suas prerrogativas. Essa história de dizer que o governo sempre vence, às vezes não acontece, como foi o caso de ontem à noite. Não é que eu esteja aqui querendo exaltar uma queda-de-braço. O que estou dizendo é que é preciso o governo aprender que o Legislativo tem as suas prerrogativas e, entre elas, essa de recusar os projetos do governo", afirmou Garibaldi, acrescentando que esta útlima prerrogativa parecia estar esquecida.
Na noite de ontem, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), também destacou a reação contra o poder do Executivo. "É a primeira vez que aqui se decide uma votação importante contra o governo", disse. Para o senador, ao contrário do que afirma o governo, a derrota da CPMF não irá comprometer a governabilidade. "Ele [o governo] terá condições de se reestruturar, trabalhar com menos dinheiro, ter mais responsabilidade", defendeu.
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A PEC que previa a prorrogação da CPMF foi derrotada na madrugada de hoje. O governo precisava de 49 votos favoráveis para que o projeto fosse aprovado, mas teve o apoio de apenas 45 senadores. (Soraia Costa)