O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), ameaçou hoje (11) tomar “providências”, caso não seja respeitada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), realizada no final do mês passado, que proibiu o nepostimo nos três Poderes.
Apesar de não adiantar quais serão as medidas e nem determinar um prazo para a demissão de parentes de senadores que trabalham na Casa, Garibaldi disse que acredita no “espírito público” dos pares quanto ao cumprimento da lei.
“Pelo menos nesse primeiro momento, acho que cada senador deve cumprir o seu papel”, ressaltou.
Garibaldi foi um dos senadores que tiveram que cortar na própria carne após a decisão da Suprema Corte. No início do mês, o peemdebista demitiu o sobrinho, Carlos Eduardo Alves Emerciano, que trabalhava em seu gabinete como assessor técnico.
Denúncias de nepotismo no Senado também são alvos de processos na Justiça. Em agosto, matéria exclusíva do site revelou que o Ministério Público Federal (MPF) quer anular a terceirização do serviço de taquigrafia nas comissões da Casa. A iniciativa do MPF ocorreu após denúncia anônima de nepotismo enviada à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF).
Leia também
A contração de parentes ainda não foi investigada oficialmente pelo Ministério Público, mas o Congresso em Foco descobriu uma espécie de ação entre amigos nesse contrato considerado ilegal pelo MPF.
Trata-se da contração, após a assinatura do contrato, de Mariana Cruz como gerente comercial da Steno. Ela é filha da diretora da Secretaria de Comissões do Senado, Cleide Cruz, e de outro servidor do setor, José Roberto Assumpção Cruz. É a mãe de Mariana que gerencia o contrato. Seu gabinete é quem checa as planilhas do serviço prestado pela empresa Steno e o pai, segundo apurou o site, centraliza desde 2007 os pedidos de transcrições feitos pelos secretários das comissões na Subsecretaria de Apoio as Comissões. (Erich Decat)