Rudolfo Lago
Se o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, tem uma qualidade, é a sua sinceridade. Quando o STF proibiu o nepotismo, ele, presidente do STF, adiantou-se a todos e declarou em alto e bom som: “Vou ter que demitir meu sobrinho”. Quando, no final do ano, foi escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para o ministério, ele voltou a se valer da sinceridade para confessar que, talvez, não fosse o melhor perfil para o cargo. Agora, Garibaldi volta para admitir publicamente o que todos os peemedebistas e petistas vêm dizendo nos bastidores: a relação entre os dois principais partidos da base do governo está longe de ser fácil.PMDB e PT vêm brigando feio pelos espaços de poder no governo.
“Acho que o relacionamento do PMDB com o PT, até agora, não tem sido muito fácil”, admitiu Garibaldi à Agência Estado. “Mas não acredito que a situação vá se agravar. Temos aí o início do ano legislativo”, completou. As declarações foram dadas durante a posse do novo presidente do Institutuo Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild.Garibaldi diz acreditar que a situação vai se amenizar a partir do início das atividades do Congresso.