O coordenador da campanha do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, comemorou hoje (26) os resultados da pesquisa CNT/Sensus que aponta a diferença de 24 pontos percentuais de Lula sobre seu adversário na disputa ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com Garcia, a vantagem do presidente está relacionada à "linha de campanha" adotada pelos petistas ao longo do segundo turno.
"Demos maior nitidez programática à campanha, expressando de forma mais clara o programa e chamando a atenção do povo sobre as questões que estavam em jogo", declarou. O coordenador da campanha petista evitou comemorar a vitória do presidente Lula antecipadamente, mas afirmou que os candidatos petistas que disputam governos estaduais no segundo também têm vantagem sobre os adversários.
De acordo com Marco Aurélio Garcia, a estratégia da oposição de dividir os eleitores de Lula em "duas classes" não pegou. "Não existe cidadania de primeira ou segunda classe. Existem grandes bestas políticas com doutorado e pós-doutorado. Essa tentativa de desqualificar o eleitorado, de que os ignorantes votam no Lula, não resiste nem às pesquisas", disparou.
O coordenador petista fez um apelo para que a militância da candidatura do presidente Lula permaneça mobilizada até domingo, dia da eleição, sem comemorar vitória antes da apuração das urnas. "Daqui até domingo, quando a batalha é mais árdua, teremos a militância nas ruas, principalmente nos Estados onde a disputa é mais acirrada", disse.
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Denúncias
Garcia afirmou não estar preocupado com nenhuma nova denúncia a ser lançada pela oposição nos próximos dias. "Os brasileiros sabem que o governo se preocupa com a ética. Isso é um velho viés da direita brasileira que se considera tendo o monopólio da ética", afirmou.
Oposição
O coordenador da campanha petista afirmou acreditar que, se o presidente for reeleito, Lula conseguirá dialogar com a oposição no segundo mandato. "Infeliz do país que não tem oposição. Precisamos de oposição forte, mobilizada, propositiva. O PT se fortaleceu na oposição e no governo", disse.
Bolívia
O governo brasileiro aposta em um acordo com a Bolívia até o final de semana para evitar a expulsão da Petrobras do país vizinho. No entanto, Marco Aurélio Garcia não descartou uma intervenção jurídica sobre o impasse, apesar de acreditar no diálogo com os bolivianos. "Queremos o acordo para renovar os contratos em um bom entendimento. Se esse entendimento não for possível, a Petrobras sai da Bolívia e seremos ressarcidos pela via da negociação ou da Justiça", afirmou.