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Com o voto do ministro, já são quatro pela condenação de Kátia e Salgado por gestão fraudulenta. No caso de Samarane, são três pela culpa e um pela absolvição. Até agora, a maioria se posicionou pela falta de provas para condenar Ayanna – três a um. Depois de Fux, José Dias Toffoli começou a votar. A expectativa é que após a leitura dos seus argumentos, a sessão seja encerrada e retomada amanhã com a posição da ministra Cármen Lúcia. Depois, na sequência, manifestam-se Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Carlos Ayres Britto.
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Assim como os outros ministros, Fux se mostrou impressionado pelo fato das empresas de Marcos Valério não terem caixa para pagar os empréstimos. Para ele, houve risco para a economia popular com a concessão de crédito pelo Rural. “Está comprovado sobejamente o ato de gestão fraudulenta”, afirmou Fux. O ministro acrescentou que houve um “mosaico de infrações” por parte do banco. E que se não fosse o suporte financeiro, não haveria os atos políticos. O ministro lembrou que, em troca dos empréstimos, Marcos Valério atuou no lobby favorável ao Banco Rural no governo federal.
PublicidadePor isso, ele votou pela condenação de Kátia e Salgado. No caso de Samarane, ele entendeu que, mesmo sem ter condições de aprovar ou rejeitar os empréstimos, ele exerceu seu domínio funcional para a maquiagem dos dados. Fux até citou o fato de o ex-diretor hoje ser vice-presidente do Rural. “Pode até ser promoção por merecimento. Ele era tão bom no que fazia que foi promovido”, disse.
Fux, da mesma forma de Rosa Weber, considerou a existência de uma dúvida razoável pela participação de Ayanna no esquema. “O revisor me convenceu, que quando muito, a senhora Ayanna Tenório participou de apenas duas renovações. Como não há a gestão culposa, com muita serenidade, para ter paz de espírito como magistrado, e exercendo esse sacerdócio, voto pela absolvição”, concluiu.