No primeiro teste da base aliada no Congresso em 2012, o PDT e o PSB foram os partidos governistas menos fiéis à orientação do Palácio do Planalto na votação das novas regras para aposentadoria dos servidores públicos. Dos 24 pedetistas presentes à sessão, apenas dois – Brizola Neto (RJ) e Marcos Medrado (BA) – votaram a favor da criação da previdência complementar para o funcionalismo. No PSB, foram 15 votos contrários e apenas nove favoráveis à proposta do governo que, na prática, iguala o teto da aposentadoria do serviço público à da iniciativa privada.
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O texto-base do Projeto de Lei 1992/02 foi aprovado ontem (28) por 318 votos a 134, com duas abstenções. Os destaques devem ser analisados hoje pelo plenário. Houve divergências em todas as grandes bancadas. Nem o PT da presidenta Dilma Rousseff escapou: dos 77 petistas presentes, oito votaram contra a proposta do governo e a orientação do partido. O PMDB, do vice-presidente Michel Temer, rendeu 62 votos ao projeto. Apenas três peemedebistas votaram contra, e um se absteve.
A proposta também provocou divisões na oposição. O líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), encaminhou voto favorável à proposta. Mas não foi plenamente atendido: dos 47 votantes tucanos, 14 se posicionaram contra o projeto. O Democratas, que orientou voto contrário, garantiu três votos ao governo, com Felipe Maia (RN), Lael Varella (MG) e Paulo César Quartiero (RR). No PPS, o paulista Arnaldo Jardim foi o único, entre os 11 nomes do partido presentes, a se manifestar a favor das mudanças para a aposentadoria do funcionalismo.
Também houve divergência entre as legendas que se autoproclamam independentes em relação ao governo. O PR, que assim se posiciona desde que perdeu o Ministério dos Transportes, rendeu 20 votos favoráveis e 12 contrários à proposta do Planalto. Entre os que se manifestaram contra, está o deputado Tiririca (SP). O PSD, criado ano passado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deu 32 votos a favor da proposição. Dez integrantes da nova legenda votaram contra, e um preferiu não votar.
Veja como foi a votação em outras bancadas:
PCdoB – dos 12 votantes, 4 votaram contra a proposta do governo: Alice Portugal (BA), Chico Lopes (CE), Delegado Protógenes (SP) e João Ananias (CE).
PP – dos 35 votantes, só Jair Bolsonaro (RJ) votou contra.
PRB – dos 10 votantes, só Cleber Verde (MA) votou contra.
PSC – dos 14 votantes, só Deley (RJ) votou contra.
Psol – seus três deputados votaram contra.
PTB – dos 16 votantes, só Arnaldo Faria de Sá (SP) votou contra.
PV – dos 7 votantes, quatro votaram a favor da proposta do governo.
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